As primeiras aulas são os momentos em que os professores
“sentem” as turmas, conhecem os alunos, diagnosticam as situações para depois
poderem preparar as estratégias de trabalho e de posicionamento que irão adotar
ao longo do ano. Esta primeira “fotografia” é essencial para o correto
desempenho do seu trabalho mas, claro, nem sempre é bem tirada. Ela depende
daquilo que os alunos mostram nesta primeira fase. Mas ela perdura na memória e
no juízo dos professores por um largo período de tempo.
Por outro lado todos os alunos estão a “fotografar-se” uns
aos outros. É assim que escolhem os companheiros, que identificam os
“engraçadinhos”, os “frágeis”, os lideres, que percebem qual o papel de cada um
deles na sala e no recreio. Depois, normalmente, cada aluno assume o papel que criou para si próprio e foi
reconhecido pelos professores e colegas e leva-o para a sua vida. Às vezes não
é bem o papel que gostaria ou vem a perceber que não é esse o seu lugar, mas tem
sempre grande dificuldade em alterá-lo. Por isso começamos a ver os nossos
filhos a pedir para mudar de instituição de ensino, de sala de aula, a fazer um
esforço inglório para alterar a sua forma de estar, ou simplesmente a dizer que
os professores não gostam dele.
Voltemos aos primeiros dias de aulas…
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