Todos sabemos da importância de educar os nossos filhos para o
trabalho. Todos temos consciência da importância de formar cidadãos bem
formados, proactivos, capazes de empreender, de investir e, em suma, de atingir
a sua realização profissional. Muitas vezes, o que nos falta é perceber porquê.
Porque é que temos esses objectivos para os nossos filhos? Por vezes parece-nos
que tal se prende com a necessidade consumista de acumular riqueza, de poder
obter todos os bens mais ou menos necessários a uma vida que consideramos
feliz.
Às vezes falta-nos olhar para o fundo de nós mesmos e perceber com
clareza qual a verdadeira importância do trabalho. Mas, então, qual é a sua
importância? É importante porque nos realiza, porque nos faz sentir úteis,
porque nos dá força e nos faz sentir GRANDES, porque nos permite usufruir dos
tempos de ócio. É simples, não é?
Então, porque é que passamos aos nossos filhos a ideia de que
trabalho é só dureza, problemas, cansaço? Quando chegamos a casa depois de um
dia de trabalho, porque não valorizar o momento, porque não pensar que tudo o
que estamos a usufruir é conquista nossa, porque não desfrutar do tempo de ócio
em família? O cansaço não passa por falarmos dele, o cansaço passa quando nos
distraímos e vivemos a vida.
Trabalho não é só uma actividade remunerada. Trabalho é o esforço
de crescer e a gratificação da conquista. O nosso filho também trabalha. Quando
estuda está a trabalhar, a crescer, a obter saber, e o resultado são as notas.
Essas são as medidas do seu esforço, tal como as nossas são o ordenado, os
elogios e os prémios. Se o nosso filho trabalhar muito, merece a gratificação
do ócio: um fim-de-semana bem passado, sem pensar no estudo, umas férias de
Rei.
É importante que ele entenda isso. É importante que entenda o
poder e a dignidade do trabalho, e o viva com felicidade. Só assim poderá ser
um adulto feliz e realizado. Só assim poderá ser verdadeiramente um bom aluno,
signifique isso o que significar.
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