A falta de atenção


Como é que é possível perguntam os pais, os alunos e os professores? O aluno conhece a matéria, estuda, faz os exercícios corretamente e chega ao teste e tira uma nota negativa!

Quando observamos atentamente o teste que o aluno realizou, verificamos que o raciocínio estava certo em todas as perguntas, que os erros que dominam são trocas de sinais, números, enfim, erros que revelam pura distração!

Se esta distração não depender de fatores como falta de visão, algum transtorno emocional temporário ou outros que à partida já foram diagnosticados, podemos estar perante uma questão de falta de atenção, impulsividade da resposta, falta de método e rigor na concretização dos exercícios.

O que fazer perante este desafio?

A verdade é que a atenção, a contenção na resposta e a autodisciplina se treinam. Alguns dos nossos alunos que partilham este desafio são exemplo de que um trabalho nesse sentido é possível!

A primeira coisa a fazer é mudar o “foco” do nosso trabalho. O centro não pode continuar a ser apenas o entendimento da matéria. Num caso como este, já percebemos que o aluno a compreende e até sabe qual é o pressuposto dos exercícios. O “foco” tem de ser por isso o estímulo da atenção do aluno.

Dessa forma, têm que ser adaptadas estratégias para que a atenção e a concentração seja trabalhada. Poderão ser exercícios relacionados diretamente com a matéria, porque esse é um ponto que continua a ter de ser trabalhado. No entanto não devemos ter pudores de usar outro tipo de exercícios que aparentemente não condigam com a matéria dada. O importante é treinar a competência que está fragilizada. A partir do momento que essa questão é trabalhada, o aluno passa a ter a nota correspondente ao seu nível de entendimento e de estudo da matéria!
 
Joana Caparica
 

Sem comentários:

Enviar um comentário